quarta-feira, 1 de outubro de 2008

DOZE PRECEITOS NA ÁREA DAS DEFICIÊNCIAS

Leo Buscaglia, educador ítalo-americano, autor do excelente livro “OS DEFICIENTES E SEUS PAIS”, elaborou estes 12 preceitos no sentido de percebermos as mudanças de paradigmas em relação às pessoas com deficiência no século XXI:- Lembre-se de que as pessoas com deficiência são indivíduos próprios. Elas não pertencem a você, à família, aos médicos, à sociedade.- Lembre-se de que cada pessoa com deficiência é diferente das outras e que, independente do rótulo que lhe seja imposto para a conveniência de outras pessoas, ela ainda assim é uma pessoa “única”. Não existem 2 crianças com síndrome de Down que sejam iguais, ou dois adultos com deficiência auditiva que respondam ou reajam da mesma forma.- Lembre-se de que elas são pessoas antes de tudo e que têm o mesmo direito à auto-realizaçã o que quaisquer outras pessoas – no seu ritmo próprio, à sua maneira e por seus próprios meios. Somente elas podem superar suas dificuldades e encontrar a si mesmas.- Lembre-se de que as pessoas com deficiência têm a mesma necessidade que você de amar e ser amado, de aprender, partilhar, crescer e experimentar, no mesmo mundo em que você vive. Elas não têm um mundo separado. Existe apenas um mundo.- Lembre-se de que as pessoas com deficiência têm o mesmo direito que você de fraquejar, falhar, sofrer, desacreditar, chorar, proferir impropérios, se desesperar. Protegê-las dessas experiências é evitar que vivam.- Lembre-se de que somente as pessoas com deficiência podem lhe dizer o que é possível para elas. Nós, que as amamos, devemos ser observadores atentos e sintonizados.- Lembre-se que as pessoas com deficiência devem agir por conta própria. Podemos oferecer-lhes alternativas, possibilidades e instrumentos necessários – mas somente elas podem colocá-los em ação. Nós podemos apenas permanecer firmes, e estar presentes para reforçar, encorajar, ter esperanças e ajudar quando possível.- Lembre-se que as pessoas com deficiência, assim como nós, estão preparadas para viver como desejarem. Elas também devem decidir se desejam viver em paz, com amor e alegria, como são e com o que têm, ou deixar-se ficar numa apatia lacrimosa, esperando a morte.- Lembre-se de que as pessoas com deficiência, independente do grau, têm um potencial ilimitado para se tornar não o que nós queremos que sejam mas o que elas desejam ser.- Lembre-se de que as pessoas com deficiência devem encontrar sua própria maneira de fazer as coisas – impor-lhes nossos padrões( ou os da cultura) é irreal e até mesmo destrutivo. Existem muitas maneiras de se amarrar os sapatos, beber em um copo, chegar até o ponto do ônibus.- Há muitas formas de se aprender e se adaptar. Elas devem encontrar a forma que melhor se lhes ajuste.· Lembre-se de que as pessoas com deficiência também precisam do mundo e das outras pessoas para que possam aprender. O aprendizado não acontece apenas no ambiente protetor do lar ou em uma sala de aula, como muitas pessoas acreditam. O mundo é uma escola, e todas as pessoas são professores. Não existem experiências insignificantes. Nosso trabalho é agir como seres humanos afetuosos, com curativos emocionais sempre prontos para uma possível queda, mas com novos mapas à mão para novas aventuras.- Lembre-se de que todas as pessoas com deficiência têm direito à honestidade em relação a si mesmas, a você e a sua condição. Ser desonesto com elas é o pior serviço que alguém pode lhes prestar. A honestidade constitui a única base sólida sobre a qual qualquer tipo de crescimento pode ocorrer. E, acima de tudo, lembre-se de que elas necessitam do que há de melhor em você. A fim de que possam ser elas mesmas e que possam crescer, libertar-se, aprender, modificar-se, desenvolver- se e experimentar, você deve ter essas capacidades. Você só pode ensinar aquilo que sabe. Se você é aberto ao crescimento, ao aprendizado, às mudanças, ao desenvolvimento e às novas experiências, permitirá que elas também o sejamDeclaração de Manágua:“Queremos uma sociedade baseada na igualdade, na justiça, na equiparação e na interdependência, que assegure uma melhor qualidade de vida para todos, sem discriminação de nenhum tipo, que reconheça e aceite a diversidade como fundamento para a convivência social. Uma sociedade onde o primeiro direito seja a condição de pessoa, de todos os seus integrantes, que garanta sua dignidade, seus direitos humanos, sua autodeterminaçã o, sua contribuição à vida comunitária e seu pleno acesso aos bens sociais.”

DECLARAÇÃO DE MANÁGUA3 DEZEMBRO 1993

STF lança ações que promovem a acessibilidade

Em cerimônia realizada nesta quinta-feira (25), às 18h, o Supremo Tribunal Federal (STF) marca o lançamento de ações de acessibilidade adotadas pela Corte no biênio 2008/2010. As ações a serem divulgadas pelo ministro-presidente, Gilmar Mendes, integram o Programa de Inclusão Social das Pessoas com Deficiência no STF e envolvem alterações no site, reformas físicas, treinamento de pessoal e um vídeo institucional.
Na ocasião, será lançada a cartilha "Como comportar-se diante de pessoas com deficiência", a fim de oferecer maior acessibilidade e valorização das pessoas com necessidades especiais. Servidores, terceirizados, estagiários e visitantes com deficiência serão atingidos pelas ações empreendidas.
As pessoas presentes à solenidade receberão um exemplar da cartilha que, posteriormente, será distribuída nas seções do Tribunal.
RH em Vídeo
A acessibilidade também é tema de vídeo institucional educativo a ser lançado no Supremo. Além de "Acessibilidade e Cidadania no STF", os mini-vídeos educativos que serão disponibilizados na intranet aos servidores e colaboradores do Tribunal tratam de "Ética e Postura no STF" e "Como se vestir adequadamente no STF".
Com curta duração (até cinco minutos), os vídeos abordarão questões relacionadas a comportamentos desejáveis, como excelência no atendimento, ética, igualdade e cidadania, dentre outros. Eles serão auto-explicativos e sempre indicarão a legislação pertinente ao assunto em foco para que o espectador possa se aprofundar no tema.
A idéia da área de recursos humanos, responsável pelo projeto, é abordar um tema a cada mês, de forma que todos os vídeos fiquem disponíveis na intranet para consulta a qualquer tempo.
Além disso, o projeto pretende explorar também os direitos e deveres dos servidores e demais profissionais que atuam no Tribunal, tais como: os direitos trabalhistas previstos na CLT e na Lei 8.112, regras de aposentadoria, férias, cursos de capacitação, etc. Outro tema a ser tratado será o funcionamento do Plenário.